Joint Venture: como a parceria entre empresas pode ajudar o seu negócio?
- Henrique Cardoso

- 16 de abr.
- 3 min de leitura
Atualizado: 2 de mai.

Expandir uma empresa é, sem dúvidas, um passo importante. É nesse momento que surgem as grandes decisões: investir em uma nova filial? Apostar em outro mercado? Buscar parceiros estratégicos? Entre as muitas possibilidades, uma que merece atenção especial é a joint venture. Se você ainda não conhece bem esse modelo de parceria, este artigo vai te mostrar por que ela pode ser uma excelente aliada no crescimento do seu negócio.
O que é uma joint venture?
A joint venture é, basicamente, uma parceria estratégica firmada entre duas ou mais empresas com um objetivo comum. A ideia é somar qualidades como conhecimento, estrutura, tecnologia, logística, etc, visando alcançar algo que talvez fosse mais difícil de realizar de maneira isolada. Mas atenção: isso não significa que as empresas se fundem. Cada uma mantém sua autonomia, ainda que trabalhem juntas por um período determinado.
Esse modelo é muito usado, por exemplo, para lançar um novo produto, entrar em um novo mercado ou realizar um projeto específico. A união é estratégica e costuma ser bem planejada, inclusive com cláusulas claras sobre como será o começo, o desenvolvimento e o encerramento da parceria.
Vale a pena considerar a parceria entre empresas?

A joint venture pode ser uma solução inteligente por diversos motivos, sendo eles:
Divisão de riscos e custos: como o projeto é compartilhado, o impacto financeiro também é dividido. Isso torna a iniciativa mais viável e menos arriscada para os envolvidos.
Acesso a novos mercados: ao se unir a uma empresa que já atua em determinada região ou segmento é possível utilizar sua expertise para alcançar novos públicos, poupando tempo e recursos.
Aproveitamento de especialidades distintas: imagine uma empresa com know-how em tecnologia de ponta se unindo a outra com vasta experiência em distribuição. Juntas, elas podem criar soluções completas e mais competitivas.
Fortalecimento da marca: a união com uma empresa reconhecida pode gerar credibilidade e aumentar a visibilidade do negócio.
Existem diferentes tipos de joint venture?
Sim, e entender as diferenças é fundamental para escolher o modelo mais adequado a sua estratégia. Neste sentido, a joint venture pode ser:
1. Contratual: Quando as empresas assinam um contrato estabelecendo os termos da parceria, mas não criam uma nova empresa. É uma forma mais flexível e rápida de atuar em conjunto, muito comum em projetos com prazo mais curto ou menor complexidade operacional.
2. Societária: Quando as empresas decidem constituir uma nova pessoa jurídica (com CNPJ próprio) para executar o projeto. Cada sócia detém uma porcentagem da nova empresa, conforme seu investimento. É uma estrutura mais robusta, geralmente usada para projetos de longo prazo ou com operações mais estruturadas.
A escolha entre uma ou outra depende de diversos fatores: complexidade do projeto, tempo estimado de duração, nível de envolvimento desejado, entre outros.
Pontos jurídicos que necessitam de atenção
A formalização da parceria exige atenção a uma série de pontos que vão muito além da assinatura de um contrato. Alguns aspectos importantes incluem:
Clareza no objetivo da parceria;
Definição de responsabilidades e investimentos de cada parte;
Regras de governança e tomada de decisões;
Cláusulas de confidencialidade e não concorrência;
Mecanismos de solução de conflitos;
Previsão de encerramento da parceria (inclusive no caso de divergências).
No caso da joint venture societária, ainda é necessário tratar de pontos como capital social, distribuição de lucros, administração da nova empresa, e obrigações fiscais e trabalhistas.
Afinal, a joint venture é indicada para minha empresa?
Se você está considerando crescer com responsabilidade e estratégia, a resposta é sim. A joint venture não é apenas para grandes corporações podendo ser perfeitamente aplicável a empresas médias ou até pequenas, desde que haja um objetivo claro, parceiros confiáveis e um bom planejamento.
Mas como toda boa oportunidade, ela também envolve riscos. Por isso, entender bem esse modelo e contar com uma orientação jurídica especializada é essencial para aproveitar os benefícios sem surpresas desagradáveis. Fale conosco!





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