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Media for Equity: uma estratégia que impulsiona startups

Atualizado: 5 de mai.


Media for Equity

Nos últimos anos, o consumo de conteúdo pelas redes sociais tem impulsionado o marketing digital, fazendo com que muitos influenciadores passem a ocupar um papel estratégico na divulgação de produtos e serviços. Diante desse cenário inovador, um modelo de investimento vem se destacando: o Media for Equity, que une marketing e capital de forma inteligente e ousada, podendo favorecer o crescimento de startups que, por natureza, já nascem com um perfil voltado à inovação.


O que é Media for Equity?


O Media for Equity consiste em uma estratégia de investimento em que determinadas empresas, geralmente startups, oferecem participação societária em troca de publicidade, que pode ser realizada por influenciadores, celebridades ou empresas de mídia.


Essa é uma forma valiosa de “capital não convencional”, mas que deve ser utilizada com cautela. Nessa modalidade de investimento, em vez de receber um aporte financeiro, a startup recebe uma campanha de divulgação em veículos de grande alcance, o que pode resultar em maior reconhecimento de marca, aumento de usuários, vendas e, claro, valorização no mercado.



Como funciona na prática?


Como exemplo, podemos imaginar uma startup que criou um app inovador de serviços financeiros, mas que ainda não tem capital suficiente para investir em marketing. Ela precisa de tração, ou seja, ganhar visibilidade para crescer.


Em vez de buscar um investidor tradicional que aporte capital, essa startup fecha uma parceria com um grupo de mídia. O grupo oferece R$ 5 milhões em espaços publicitários (comerciais de TV, banners, anúncios online etc.), e, em contrapartida, recebe uma participação acionária de 5% na startup, por exemplo.


Essa operação costuma vir acompanhada de uma avaliação de mercado da empresa e de uma negociação contratual bem estruturada, que define o percentual de equity cedido, os formatos e a duração da exposição publicitária.



Exemplo Real: Anitta e Nubank


Um dos casos que ganhou bastante notoriedade na mídia, e que ilustra bem o conceito de Media for Equity, foi a entrada da cantora Anitta como membro do conselho do Nubank, em 2021.


Na época, o banco digital anunciou que Anitta passaria a atuar como membro do conselho de administração, com foco em ajudar na comunicação da marca, principalmente com o público jovem e das classes C e D.


Embora o contrato não seja propriamente de Media for Equity, toda a essência dessa modalidade de investimento esteve presente, uma vez que ao associar sua imagem à marca, Anitta potencializou o alcance e a identificação do público com o Nubank, algo que, se fosse feito exclusivamente via mídia tradicional, custaria um valor elevado em campanhas publicitárias.


Para o Nubank, foi uma ótima jogada de marketing: ganhou visibilidade, autenticidade e penetração em um público que já era digitalizado, mas ainda não plenamente bancarizado.


Esse caso mostra como o modelo Media for Equity pode ser adaptado à realidade brasileira e às figuras de grande apelo popular. Mais do que uma campanha, trata-se de uma aliança estratégica entre capital, mídia e influência.



Quais empresas costumam utilizar essa modalidade de investimento?


startup e media for equity

O Media for Equity é bastante comum em mercados com forte presença de grandes grupos de mídia, como Europa e América Latina. No Brasil, algumas startups conhecidas já usaram esse modelo, como o iFood e o QuintoAndar.


Empresas em fase de crescimento acelerado, que já validaram seu produto e precisam de escala, costumam ser o alvo ideal desse tipo de investimento.


Grupos de mídia também se beneficiam: ao diversificar seus investimentos e se tornarem sócios de negócios promissores, eles ganham participação em startups que podem se valorizar de maneira exponencial, além de se manter conectados com o ecossistema digital.


Vantagens e pontos de atenção


É evidente que o Media for Equity representa uma forma inteligente de unir interesses: de um lado, startups com produtos inovadores e necessidade de crescimento; do outro, empresas de mídia ou pessoas influentes que buscam novas formas de investimento e posicionamento.


Principais vantagens para startups:


  • Acesso a mídia de massa ou mídia segmentada sem desembolso imediato de capital;

  • Aumento expressivo na visibilidade e autoridade da marca;

  • Potencial de crescimento rápido e aquisição de novos clientes.


Para o grupo de mídia ou influenciador:


  • Entrada em mercados inovadores e rentáveis;

  • Participação no crescimento e valorização da startup.


Apesar de suas vantagens, o Media for Equity não é para qualquer empresa e pode oferecer riscos. Startups que se encontram em fases iniciais ou que ainda não tenham tração consistente podem ter dificuldade em transformar visibilidade em resultados práticos.


Além disso, a negociação deve ser bem conduzida e amparada juridicamente, visando garantir que o termos estejam perfeitamente alinhados aos objetivos do negócio. Ficou com alguma dúvida ou precisa de suporte jurídico? fale conosco!



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